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Patagon M&A - Educação - Somos prevê compra de colégios

Após três anos de trabalhos para integração dos ativos adquiridos e o fim das conversas que poderiam levar à venda da companhia para Kroton, a Somos Educação pretende crescer nos próximos cinco anos por meio de aquisições de colégios. Esse braço de negócio representa cerca de um quarto da receita do grupo controlado pela gestora de private equity Tarpon.

“Nossa principal expansão virá do negócio de escolas. A geração de caixa da companhia será destinada, principalmente, para aquisições”, disse Fernando Shayer, novo presidente da Somos Educação e sócio da Tarpon.

A companhia já tem em andamento contratos vinculantes de compra de escolas, cujos detalhes não foram revelados, mas devem ser concluídos nos próximos meses. A estimativa é que neste ano haja um incremento de 9 mil alunos que virão de aquisições e expansão orgânica de unidades. A companhia deve encerrar 2018 com 35 mil alunos matriculados em seus colégios e cursos preparatórios para o vestibular.

A Somos é dona das bandeiras Anglo, pH, Sigma, Motivo, Integrado, Maxi e Escola Chave do Saber que juntas têm 42 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Goiânia e Cuiabá.

Nos últimos anos, a Somos fez grandes aquisições de empresas de sistemas de ensino, escolas de idiomas e editoras, mas no segmento de colégios os investimentos foram mais tímidos. A companhia é hoje a terceira maior em número de alunos matriculados em seus colégios e cursinhos. O líder do setor em educação básica é o Grupo SEB, do empresário Chaim Zaher, que possui cerca de 48 mil estudantes; seguido do Grupo Eleva, cujo maior acionista individual é o empresário Jorge Paulo Lemann, com cerca de 40 mil alunos.

Na área de sistemas de ensino e editoras, que representam cerca de 70% da receita, a estratégia da companhia é sair do “arroz com feijão” e oferecer também serviços como análise de dados do desempenho acadêmico dos alunos que usam os livros didáticos das editoras Ática, Scipione e Saraiva. “Um conteúdo didático de qualidade é muito importante, mas precisamos oferecer mais do que isso. As escolas nos pedem assessoria pedagógica que é oferecida por meio de análise de dados”, disse Shayer.

A análise de dados pedagógicos é a principal aposta de longo prazo da Somos Educação. O projeto mais ambicioso do executivo é conseguir reunir informações sobre o desempenho acadêmico dos alunos que usam seus livros didáticos nas escolas privadas e públicas, dos estudantes de seus colégios próprios e que compram os sistemas de ensino. Cerca de 1 milhão de alunos estudam com os sistemas de ensino da Somos, além disso, o grupo detém quase 40% de market share do programa de livros didáticos do governo . “Com essas informações, podemos montar planos de ações para um estudo mais orientado”, disse Shayer.

No ano passado, a receita líquida da Somos ficou estável em R$ 1,8 bilhão e o lucro antes de juros, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 13,6% para R$ 502 milhões devido às sinergias resultantes da integração. Já o lucro líquido anual caiu 10% para R$ 188 milhões por conta de depreciação e amortização de ativos adquiridos.

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